Publicado em 06/03/2024 - 17:19 Por Solimar Luz - repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro
A vacinação de mulheres grávidas, contra a covid-19, também pode ser benéfica para os recém-nascidos. É o que diz um novo estudo, publicado na revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria.
De acordo com a publicação, a proteção é passada da mãe para o filho e dura até seis meses, fase em que o bebê já pode ser imunizado.
Entre dezembro de 2021 e julho de 2022, os pesquisadores acompanharam mais de 470 bebês. Os resultados mostraram que o tempo de proteção foi ainda maior entre aqueles nascidos de mulheres que receberam a dose de reforço durante a gestação.
Pesquisas como essa, segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, indicam mais um passo importante na luta contra o coronavírus. De acordo com os especialistas, estudos canadenses, dinamarqueses e americanos mostraram redução de até 80% do risco de hospitalização por covid-19 em bebês menores de seis meses, cujas mães tinham sido vacinadas.
"As crianças representam uma porcentagem expressiva do número de hospitalizações por covid, principalmente no primeiro ano de vida. E protegê-las através da imunização da grávida torna-se uma estratégia bastante desejável e muito incentivada por toda a comunidade, ginecologistas, pediatras. É um mecanismo, como a gente faz, como várias doenças, como a coqueluche, a influência, de proteger o bebê com essa estratégia, através da imunização da mãe".
Pesquisas em todo o mundo avaliam que vacinar, independente do imunizante, é a melhor estratégia contra uma doença que continua representando um perigo à vida das pessoas.
No Brasil, a vacina contra a covid-19 está disponível gratuitamente nas unidades de saúde.
Edição: Vitoria Elizabeth / Liliane Farias