Segundo o IBGE, em 2022, cerca de 2,5 milhões de mulheres não trabalhavam fora para cuidar de parentes ou das tarefas domésticas. É um trabalho invisível, que muita gente não percebe. Mas quem faz, sabe bem: os afazeres domésticos não têm fim. Se acumulam e representam uma carga física e mental.
Esse trabalho, segundo a advogada especialista em Direito Materno e Parental, Bianca Carelli, está muitas vezes ligado à “generosidade” feminina. Tempo que deixa de ser gasto com profissionalização, por exemplo, especialmente quando se compara ao tempo que os homens gastam fazendo as mesmas atividades.
Ela ainda dá uma dica para as pessoas que estão nessa situação, para que tenham alguma garantia previdenciária. Alguma aposentadoria ou recurso para quando quem cuida precisar de cuidador.
Por isso, segundo ela, a discussão com a sociedade é tão importante e que deve envolver todos os setores da sociedade e um pensamento à longo prazo. Afinal de contas, a advogada Bianca Carelli lembra bem: as crianças que estão sendo cuidadas hoje, serão os cuidadores de amanhã.