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Bahia registra 44 casos de leptospirose; períodos de chuvas elevam notificações
Notícias
Publicado em 11/04/2024

Por Hieros Vasconcelos

As chuvas têm causado diversos transtornos na capital baiana nos últimos dias, entre eles, os alagamentos em ruas e casas. Nas emissoras de TV e nas redes sociais circulam centenas de imagens de pessoas lamentando a perda de móveis em suas residências inundadas ou tentando caminhar em vias que viraram verdadeiras piscinas e rios. Algumas vezes, as situações se tornam até mesmo motivo de piadas ou de memes com moradores ‘brincando’ nas águas sujas.

Os contratempos provocados pela tempestade em Salvador são inúmeros, no entanto, a Vigilância Epidemiológica da Bahia alerta para os graves riscos da população contrair leptospirose, doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira.

Este ano, na Bahia, foram confirmados 44 casos e três óbitos provocados pela doença. Deste montante, 16 casos e uma morte foram registrados na capital baiana. Em 2023, a Sesab confirmou 127 casos e nove mortes.

De acordo com o médico veterinário Marcelo Medrado, técnico da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SesaB), a população precisa evitar o máximo possível o contato com a água suja, andando sempre de botas ou sacos plásticos.  As cidades com mais probabilidades de infecção por leptospirose são Salvador, Ilhéus e Itabuna. Isto porque são regiões onde são maiores as incidências de chuva.

Especialistas explicam que a penetração da bactéria Leptospira ocorre através da mucosa, da pele íntegra imersa na água e  acontece com mais facilidade em casos de lesões aparentes.  

Segundo Marcelo Medrado, a população que teve contato com alagamentos precisa ficar atenta pois a infecção, quando contraída, tem duas fases que podem confundir o doente, principalmente devido ao fato dos primeiros sintomas serem semelhantes aos da gripe.  Por isso, a pessoa que teve contato com alagamentos e águas de chuva, e apresentou sintomas, deve buscar imediatamente o médico e informa-lo do seu histórico.

“A primeira fase é muito parecida com qualquer virose: dor no corpo, febre, mialgia, mal estar, cansaço. E isso passa facilmente por uma gripe, por uma dengue ou por qualquer virose. Mas uma parte desses sintomas vai futuramente agravar com problemas renais,  tendo que hospitalizar e ir pra emergência. Por isso, quando for ao médico com os sintomas da primeira fase, o paciente precisa informar o contato com a água contaminada para o médico passar o diagnóstico correto’, afirma.

Com a ocorrência de fortes chuvas na capital e em toda a Bahia, a Vigilância Epidemiológica avisou a todas as equipes de saúde do estado para que fiquem atentas aos sinais e a entrada de pacientes nas unidades de saúde. Após a exposição, a recomendação é que o cidadão tome banho com rapidez e fique atento aos sintomas.  “Quando chegar no médico,  ele tem que associar a exposição à água suja, e o tratamento precoce vai evitar a gravidade. Geralmente o tratamento é com antibiótico. Pode ser doxiciclina de primeira escolha, mas o médico vai decidir”, diz o especialista.

Ainda conforme o médico veterinário e técnico da Vigilância, Marcelo Medrado, a fase precoce dura sete dias. “E a fase tardia é após esses sete dias, e até o tipo de diagnóstico é diferente.

“A população precisa colaborar. 5 a 14 dias após  a exposição deve ficar atenta com qualquer sintoma febril”, destaca o médico veterinário.

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