Um relatório da controladoria geral da união apontou diversas falhas na fiscalização do INSS sobre os empréstimos consignados, aquele que desconta as parcelas direto da aposentadoria. O principal problema apontado pela CGU é a cobrança de juros acima do permitido para a modalidade de crédito. Segundo o relatório, 20 por cento dos empréstimos analisados pela controladoria, em um total de três milhões, praticam juros acima do limite do consignado. A CGU destacou que o INSS também vem falhando nas autorizações de empréstimos pessoais e na divulgação de informações sobre o consignado para os beneficiários. O relatório levantou que em maio do ano passado existiam mais de 14 milhões de aposentados com desconto no benefício por causa de consignado, um total de sete bilhões de reais descontados só naquele mês. O INSS respondeu em nota que o relatório mostra um cenário defasado e que as regras para o consignado já passaram por diversas mudanças. Ainda no relatório, a CGU informou que em 2022 o crédito consignado foi o terceiro no ranking de reclamações no site consumidor.gov.br. A maior parte dos reclamantes eram pessoas com mais de 60 anos de idade.