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Regimento prevê que relator da Lava Jato será ministro nomeado por Temer, diz especialista
Notícias
Publicado em 19/01/2017

A ser nomeado pelo presidente Michel Temer, o novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) que assumir a vaga de Teori Zavascki, falecido em um acidente de avião nesta sexta-feira (19), será o relator dos processos da Lava Jato na mais alta corte do país.

É o que prevê o regimento interno do STF, em seu artigo 38, inciso IV, que fala que o relator é substituído "em caso de aposentadoria, renúncia e morte pelo ministro a ser nomeado para a vaga".

"Na prática, quem Temer nomear para o lugar do ministro Teori será o novo relator da Lava Jato. O regimento é bem claro quanto a isso", afirma o advogado e professor de Direito Penal, Leonardo Pantaleão.

De acordo com a Constituição, cabe ao Presidente da República escolher os integrantes da Suprema Corte brasileira. O indicado para o cargo precisa ser sabatinado e aprovado por maioria absoluta. pelo Senado Federal

Pantaleão explica que o regimento do STF prevê outras hipóteses para a substituição de relatores em processos da mais alta corte do país: a exemplo de um novo sorteio ou escolha por votação entre ministros. Mas de acordo com o especialista, essas regras não se aplicam.

"Há previsão, por exemplo, de o novo relator ser aquele que tiver proferido o primeiro voto vencedor no processo, acompanhando o do relator anterior, mas isso ainda não aconteceu. Ainda não tivemos um voto do relator, pois os processos da Lava Jato no Supremo, em sua maioria, ainda estão na fase de inquérito ou de instrução de processual", explica o especialista.

Pantaleão afirma que os processos da Lava Jato "fatalmente" sofrerão atrasos. "O novo relator, seja quem for, precisará se inteirar de todo os processos relacionados à Lava Jato e isso, obviamente, leva muito tempo".

Créditos: Site UOL

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